Habita em ti o assombro,
O medo na escuridão submersa dos olhos,
Infernalmente movimentas o corpo,
A silhueta perversa do inferno.
Tremores.
Há linhas negras, sem regras
Pálidas como o silêncio.
Linhas minhas. Tuas. Linhas nossas, mortas.
Alma nua, crua. Ferida torta.
Tremores.
Há em ti o horror,
O crepúsculo apagado
Mordido pelas unhas ferozes,
Esgaçado pelo corpo áspero,
De um ser danado.
Tremores.
Vive em ti a força ardente,
O poder apetecível da manipulação,
Violas o íntimo da tua cria,
Agrides com a tua mão
Perfeito suicídio de uma semente,
Mais uma alucinação.
Tremores.
E o fim imediato.
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