Com uma estaca de ferro velho
e gélido, o coração foi cravado.
Sem pena. Sem mágoa. Sem desafronta.
Dor voa sobre as nuvens, sopra o vento
As lágrimas que do rosto tombam
Inundando de sangue a pura alma.
Pede ajuda entre dentes. Gritando num sussurro
Com o olhar vazio, suplica. Com a pele rasgada
E de joelhos raspando o chão cai enfermo o corpo dela.
Enfermo e nauseabundo de cansaço.
Assim é a dor.
Assim é a fraqueza mascarada de robustez.
Enquanto a melodia surgir da agonia,
Ela é assim.