terça-feira, 30 de março de 2010






HOJE APETECE-ME CHORAR, DORMIR E CHORAR ENCOSTADA AO OMBRO DE ALGUÉM. E SER ACOLHIDA NUM ABRAÇO PROFUNDO. E SER BEIJADA NA FACE OUVINDO BAIXINHO "ESTOU AQUI"!!!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

De novo,









Voltei a sentir-me atraída. Senti-me atraída pela escuridão das águas. Ouvi, de novo, uma voz a chamar-me repentinamente para mergulhar, para entregar o meu corpo às águas paradas como se fosse filha da Natureza. Voltei a estar no limiar, voltei a conseguir resistir.
Senti-me atraída, senti-me atraída pela escuridão das águas. Senti-me atraída pela Morte.

RESISTI, MAS PARA QUÊ??

quarta-feira, 17 de março de 2010

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Jurei não te esquecer, meu amor, jurei. Assim como jurei não voltar a cruzar a rua onde te deixei. Passo as esquinas do tempo e temo ferozmente antever o teu vulto, temo intensamente desviar o meu olhar para os teus dedos meigos e encontrá-los cruzados com outros que não os meus, ver os teus braços apoiados noutros ombros e os teus olhos mergulhados noutra essência. Depois disto desviaria a atenção, fugiria para casa a chorar enquanto com as mãos afastava a multidão que me impedia de andar, pontapeava os casais apaixonados e chorava ainda mais amaldiçoando todas as pessoas que amam.

Mas mesmo assim não te esqueceria, meu amor, não conseguiria arrancar de mim tudo o que um dia foi tatuado em cada poro da minha carne. Mendigaria o teu amor até me dares a insignificativa esmola de um olhar de soslaio. Até que um dia, me cruzaria contigo de novo, tu com os dedos frios e mortos entrelaçados numa mão quente, voltarias o rosto para trás e com o mais duro e penetrante olhar, me suplicarias “Não me deixes”. As minhas lágrimas cairiam e eu sussurrava baixinho “Não, não te deixo. Mendigo e mendigarei sempre o teu amor, até que a esmola seja maior que o sofrimento”. Abandonaria para sempre a tua luz e jamais te encontraria, jamais os nossos destinos se voltariam a ligar.

domingo, 14 de março de 2010

A um amigo,


Perdi-me hoje nos teus olhos, meu bem. Lembrei-me de como era o teu olhar quando te cruzavas comigo, de como era o teu sorriso maroto quando inventavas histórias de heróis e princesas. Ao ver-te quando o teu sangue quente te percorria os sentidos, chorei confesso, chorei muito e escrevi-te uma carta mesmo sabendo que jamais alguém a lerá, mas sabes, tenho a esperança que me respondas, e ultimamente, todos os dias procuro uma resposta tua. Recordei-me das nossas brincadeiras e de como me ria contigo. Hoje enquanto me olhava ao espelho juro que te vi do meu lado, juro. Olhaste-me de uma forma meiga, sorriste, sopraste-me ao ouvido e foste embora tão de repente como me deixaste da última vez. Com a mesma serenidade, doçura... Ainda hoje me lembro da tua expressão de anjo deitado no meio das plumas, ainda hoje sonho com o último toque da minha mão na tua, completamente gelada e inerte. Ainda hoje, sinto bem no peito a dor da tua perda...ainda hoje, desejo intensamente que aquela despedida antes de partires não tivesse sido feita com tanta intensidade, porque embora não saibam, senti naquele instante que seria a última vez que me irias beijar a face. A ti meu bem, mendigo a amizade que agora não tenho e deixo-te um beijo perdido no vento. Que olhes por mim.

sábado, 13 de março de 2010

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« And then she said,- "What's that on your eyes?"She touched me. Yes, I was crying.- "For many years I've tried, but now I'm too tired to hide.No reason why. Just need to cry."And then she said,- "I'm sorry I asked."She kissed me and took this pain off my chest.Each tear that fell down vanished in the ground.- "No need to dry. Just need to cry."