quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vem sentar-te ao meu lado, querido, e olha como o mar é tão incerto como a vida. Olha como as gaivotas o sobrevoam com fluidez mas respeito, e sente a chama de medo que as ondas lançam como flechas cortantes. Corre uma brisa fresca que me faz eriçar os poros molhados pela chuva. Tenho frio. Abraça-me agora, querido, como se fosses um cobertor de lã que aquece os lençóis congelados de verão. Aquece-me o corpo com a tua pele, e o coração com os teus olhos de fogo. Um fogo ardente que rasga a íris apaixonada entrando nela sem pudor. Tenho frio, mas com o teu corpo a envolver-me estou bem. Não sinto frio, sinto-te a ti.

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