sábado, 2 de julho de 2011

Bolha de ar,


Negros prados feitos de linho

Acolhem à noite um menino,

Pardo guerreiro, sujo impuro

Vem no silêncio

matar o sonho da amada.

Esfaqueando perfura o espaço

Entre o peito e o olhar

Trazendo o nada.

Com as lágrimas sujas ao amar

Percorre o sono com fúria,

Queimar ou esfolar ,

É tudo o que lhe resta na penumbra.

Protector divino do inferno,

porque me tomas ao colo sem tumba?

Abrasa o escuro com o navio terno,

Menino da noite do prado negro,

Matá-la-ás com o teu medo.

E assim roubarás a respiração,

Roubarás a bolha de ar sem mais uma negação…

1 comentário:

  1. Já tinha registado a mudança no estilo de escrita, e não sei qual prefiro.
    Penso que gosto dos dois!...
    Beijinho

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