Desenhava no teu coração. Trocava as letras por chuva
Húmida e sedenta. Das aves pardas que caíam mortas em ti,
Nascia um alecrim podre de amor, decomposto pelo sol.
Desnudaste nela a ferida seca, ora garota ora velha,
Ora esquiva, ora vulgar, enquanto o teu peito era marcado.
Das meninas quentes dos seus olhos escorriam pedras,
No desenlaçar das mãos trovejava ardentemente.
Fogo renascido, agora apagado,
Agora frio e amanhã quente.
Enquanto as letras eram trocadas pela chuva,
Todos os dias tu morrias estendido nos braços dela,
E ainda lhe davas um presente, um alecrim de amor,
Podre e decomposto como o nosso.
Adoro :$
ResponderEliminarObrigada :D
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