sexta-feira, 3 de junho de 2011

A alguém...

Com jeito doce, e protector,

Trazia o luar da manhã Nos olhos,

Nas alcofas de um sonho pequenino,

Meigo e delicado.

A mão quente e brilhante,

Beijava o seu pequeno cofre

Como em cada lágrima escondida, a pureza de um cristal

Como, sem água, a tristeza de uma sereia.

O lençol da ternura Levantava

Com jeito e protecção.

Agarrava-a pela alma,

petrificava a mágoa,

Escondia os medos na lonjura da saudade.

Penteava-lhe os cabelos negros

Com a esperança que saltava da sua lealdade,

Entrançava-lhe os sonhos num caminho,

Todo o tempo, todo o carinho.

A menina, a mulher, a amiga, a irmã,

Parou devagar o relógio,

Amparou-a no seu tempo,

Numa luz perfumada de sonho,

Enquanto no colo,

prendia um amor eterno, firme e docemente,

Para sempre, para sempre…

1 comentário:

  1. Senti-me retratada neste texto e,ainda que não seja pa mim,faz-me sentir que fiz parte da tua vida e isso deixa-me feliz!!!
    Adoro-te, afilhadinha!!!
    ***

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