Dançava nas árvores a coruja,
Era noite e dançava.
Verdes como o prado,
Altas como o sonho,
Temidas como ele, medonho.
Tropeçava no silêncio arrepiante entre o olhar,
Frio, gelado persuasivo
Como o amor de matar.
A boneca tremia,
Respirava lentamente para fingir a presença
Entre o manto branco do sono e a sua ausência .
Cabelos sujos, ensanguentados
Eram caracóis negros humilhados.
Sobrava a respiração amedrontada
Um raio de sol no meio do nada.
De mão trémula, olhar ausente,
Carolina chorava docemente.
“É hora de partir”, cantava-lhe baixinho,
Enquanto no corpo a perfurava de mansinho.
Os segundos congelaram-lhe o corpo,
Cegaram-lhe a melodia da voz.
E no fundo da mágoa guardada no baú,
Restava-lhe um muro e uma casca de noz.
E uma flor colorida colheram do cansaço,
E carolina partiu, após muito fracasso.
Porque o tempo é curto mas não quis deixar de assinalar a minha visita, digo apenas: Kisses!... Muitos kisses!...
ResponderEliminarE uma beijoca.