terça-feira, 5 de julho de 2011

Era uma vez.

Dançava nas árvores a coruja,

Era noite e dançava.

Verdes como o prado,

Altas como o sonho,

Temidas como ele, medonho.

Tropeçava no silêncio arrepiante entre o olhar,

Frio, gelado persuasivo

Como o amor de matar.

A boneca tremia,

Respirava lentamente para fingir a presença

Entre o manto branco do sono e a sua ausência .

Cabelos sujos, ensanguentados

Eram caracóis negros humilhados.

Sobrava a respiração amedrontada

Um raio de sol no meio do nada.

De mão trémula, olhar ausente,

Carolina chorava docemente.

“É hora de partir”, cantava-lhe baixinho,

Enquanto no corpo a perfurava de mansinho.

Os segundos congelaram-lhe o corpo,

Cegaram-lhe a melodia da voz.

E no fundo da mágoa guardada no baú,

Restava-lhe um muro e uma casca de noz.

E uma flor colorida colheram do cansaço,

E carolina partiu, após muito fracasso.

1 comentário:

  1. Porque o tempo é curto mas não quis deixar de assinalar a minha visita, digo apenas: Kisses!... Muitos kisses!...
    E uma beijoca.

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