Cachimbos acesos perdidos na rua
Imortalizavam o som da chuva.
Ela correndo de xaile na mão,
Nua, somente nua.
Os mendigos nauseabundos pedindo pão,
Com esmolas no bolso,
E um cobertor no chão,
Admiravam a coragem da alma perdida,
Que corria, corria sentida
Gritando baixinho
“Que loucura, que loucura a minha”.
Vidros verdes como o luar
Cravavam-lhe a carne com sede de matar.
Cansada e impotente olhou à sua volta
Caiu de joelhos cantando, “revolta”.
Cachimbos queimados envolveram-lhe o corpo,
E de xaile na mão perdeu-se na rua,
Nua, somente nua.
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ResponderEliminarContinua!
Beijinho