terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

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Encontro-me no meio de uma agonia chuvosa e um soluço colorido. Não entendo, com certezas, onde paira a sanidade das emoções, mas penso em ti. Com todas as minhas forças, e sem elas também, penso em ti. Nas mãos, nos doces olhos que me amparam, na textura de mel da tua voz, penso em ti, em todos os teus pormenores que já conheço tão bem. Às vezes, entre silêncios, peço-te que me queiras, que viajes comigo para um lugar acorrentado ao amor.E depois tu sorris, como se entendesses aquele vazio, sem nada entenderes. Enquanto te observo não consigo evitar voar para lá do que existe. Imagino-te a segurar-me a mão com esse teu jeito, a escorregares os dedos pelo meu cabelo enquanto dizes, sem nada dizer, que me queres bem . Pões tanto de ti em tudo o que me dás. Soubesses tu quem sou, quem seríamos juntos. Soubesses tu, que na lua existe um reflexo de todos os meus mais recônditos desejos. Pudesse ela contar-te, pudesse tudo isto ser mais uma insanidade, onde não houvesse amor.

Uma rajada de vento.
Silêncio.
E só me resta beijar-te assim, docemente, melodiosamente enquanto nada te digo.


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